sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A hora de tacar o foda-se!

Sexta-feira de novembro. Contando as horas pra sair.
Depois que me mudei para São Paulo conta as horas para tudo. Quantas horas vou demorar para chegar a qualquer lugar; quantas horas faltam para sair de qualquer lugar; quantas horas duram um filme; quantas horas duram uma balada; que horas o metrô abre; que horas sai o último trem; e por assim vai...literalmente hoje eu acredito que vim da roça. Ainda tenho a mania dos quarentas minutos. Na minha limitada cabeça, eu acho que demorar 40 minutos para tudo e qualquer coisa. Meia horá é coisa rápida e 1 hora DEMhORA!
Tenho preguiça em lidar com o tempo. Acho que por isso os assuntos mal resolvidos se arrastam por anos na minha vida e a nostalgia me faz sofrer!
Mas tem hora que a paciência (que não é constante na mente leonina) se esgota.
Eu canso das coisas e pessoas da mesma forma que me apaixono por elas. A admiração se finda!
Depois de 10 anos, coloquei um ponto final num grande amor;
Depois de 10 anos, a melhor amizade da minha vida acabou;
Depois de 19 anos, saí da minha casa;
Depois de 2 anos em que eu havia retornado, saí (definitivamente) de casa;
Nessas horas me sinto mesmo um balão, ou daqueles sacos que a gente assopra para estourar no ouvido de alguém (só pra assustar. [Adoro!]) , mas o melhor é o estouro!
É a mesma sensação de quando a gente espirra. Você fica sem ar e ao mesmo tempo dói e arde tudo, incomoda, mas de repente você espirra! É tão gostoso! Adoro espirrar.
Mas sem prolongar, essa é a mesma sensação do foda-se.
Quando lembro como eu era na época antes do FODA-SE não me sinto "eu"!
Aconteceu isso esta semana.
Eu trouxe uma foto da formatura para colocar num quadro bonitinho e tals. Nela estou com uma pessoa que recebeu meu FODA-SE. Acho muito estranho.
Lembro do que eu sentia quando éramos amigas.
Foi muito legal, mas agora foda-se.
Je suis desolée!